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"Dilma Rousseff busca ajudar Rússia, mas encontra resistência da China"

Segundo informações de fontes em Xangai, a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff planejou se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, durante sua visita a Moscou e São Petersburgo, nesta quarta-feira (26)



Essa reunião ocorre um dia antes da cúpula entre Putin e líderes africanos em São Petersburgo, onde Dilma também deve se reunir com alguns governantes africanos. O objetivo aparente desses encontros é discutir maneiras de ajudar a Rússia a lidar com as sanções impostas pelo Ocidente.


Em maio, durante a visita do primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, à sede do Novo Banco de Desenvolvimento em Xangai, Dilma afirmou que o banco cumpriria suas obrigações com todos os membros fundadores, incluindo a Rússia. De acordo com fontes em Xangai, Dilma teria proposto emprestar dinheiro à Rússia, mas a China teria rejeitado a ideia por receio de o banco ser alvo de sanções do Ocidente.


O banco viu sua avaliação de risco diminuir de duplo A+ para duplo A devido à invasão da Ucrânia e às sanções aplicadas à Rússia. Isso resultou em taxas de juros mais altas para empréstimos no mercado. Enquanto os bancos regionais de desenvolvimento, incluindo o africano, têm uma avaliação triplo A.


Vídeo Reprodução da TV CNN Brasil.


O presidente Lula encarregou Dilma de impulsionar a substituição do dólar nas transações correntes pelas moedas dos países membros do banco, como o yuan chinês, o rublo russo, a rúpia indiana, o rand sul-africano e o real brasileiro. Além disso, ela foi incumbida de acelerar a entrada da Argentina no banco, um país também afetado pela falta de dólares.


Na cúpula de São Petersburgo, Putin busca resolver as preocupações dos governos africanos em relação à saída da Rússia do acordo de grãos, que resultou na interrupção do fornecimento de trigo ucraniano e russo para a África. Essa situação tem afetado significativamente os países do continente, que dependem em grande parte desses dois principais exportadores de cereais. Putin justificou a saída do acordo alegando que os países ocidentais não cumpriram sua parte no mesmo.


As sanções aplicadas contra o transporte marítimo e as transferências bancárias pelo sistema Swift têm afetado as exportações russas, e a Rússia prometeu fornecer trigo gratuitamente aos africanos, se necessário. Devido às antigas relações com a Rússia desde a época da União Soviética e ressentimentos anti-ocidentais decorrentes da colonização, os países africanos mostram-se mais propensos a alinhar-se com a Rússia em vez da Europa e dos EUA.


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